não temos telefone

No início de 1994, o grupo que mais tarde fundaria a Sociedade Beneficente Espírita Amor e Luz foi orientado, através de mensagem psicofonada, a reunir-se uma vez por mês para um momento de meditação. Foi assim que seus médiuns tiveram inúmeras vidências, através de contato com mentores espirituais. Passavam um domingo inteiro fazendo meditação e trabalho mediúnico, após os quais cada um relatava suas experiências.

Num certo domingo de primavera daquele ano, uma médium teve uma vidência com John Lennon em que ele dizia que muitas “cartas” sairiam daquele grupo para o mundo inteiro, levando mensagens de amor, de luz e paz. Ela relatou ter visto rolos de papel branco saindo da casa em que meditavam, indo para muito longe.

Em 2 de fevereiro de 1995, outra médium psicografou mensagem assinada pelo mesmo John Lennon. O texto, uma mensagem de Natal, falava em amor, esperança, fé, perdão, paz e luz. Mas, vindo de quem vinha, não por acaso falava em canções, refrões e hinos. Para confirmar ainda mais que eram palavras de John Lennon, a mensagem terminava com os seguintes versos: Imaginem o dia da paz com Jesus, / Imaginem os homens em paz afinal, / Imaginem o dia em que tudo, afinal / Será pleno de paz, com a paz de Jesus. / Imaginem como eu, / Quinze anos agora, / Em paz, afinal. / J. L.
Ao falar em quinze anos agora, ele lembrava os quinze anos decorridos desde sua morte, em 1980. E assinar com apenas as iniciais do seu nome foi sem dúvida uma demonstração de humildade.
Posteriormente, outros dois médiuns receberam mais cinco mensagens assinadas por Lennon, quatro delas no final daquele ano, entre 26 de novembro e 27 de dezembro.

A mensagem de 26 de novembro, bem curta, falava em amor, paz e fraternidade e veio assinada por J. Lennon.

Essas duas primeiras mensagens de John Lennon foram por ele ditadas em português. Mas, um terceiro médium recebeu um texto dele, também breve, que, embora fosse igualmente em português, começava com Dear friends e terminava com I love you very much. Nesta terceira manifestação, John Lennon homenageava os médiuns da nossa casa dizendo: (…) a fama que eu consegui encarnado foi trabalhando para mim e vocês, que trabalham para o próximo, não recebem aplauso nenhum e, por isto, eu dedico todos os aplausos que ganhei a todos vocês (…)

Em 13 de dezembro do mesmo ano, para nossa surpresa, J. Lennon enviou outra mensagem e esta totalmente em inglês. Foi a primeira vez que nossa equipe de psicógrafos recebeu uma mensagem completa em outro idioma. Nela, Lennon vinha nos estimular e incentivar a ser bons e fraternos. Disse ele: I’m here and I say that I love you so much. You are the best when you help. You are the best when you smile to your neighbor. You are the best when you make the charity and the love for your brother. We need that. The world needs your love. Love the peace. Love the love. We need that ! (Estou aqui e digo que os amo muito. Vocês são os melhores quando ajudam. Vocês são os melhores quando sorriem para seu vizinho. Vocês são os melhores quando fazem a caridade e amam seu irmão. Nós precisamos disso, O mundo precisa do amor de vocês. Amem a paz. Amem o amor. Nós precisamos disso !)

Uma semana depois, Lennon manifestou-se novamente, agora em uma segunda mensagem natalina, também totalmente em inglês. Nela, dizia que estava fazendo uma viagem ao redor do mundo para beneficiar os velhos amigos que não conhecem a realidade espiritual. E conclamava os trabalhadores da nossa casa: Sejam persistentes, sejam fortes em nossa luta. Sejam sinceros com vocês mesmos e com seus amigos, e com aquele que não é tão amigo.

A viagem ao redor do mundo de que falou, não era linguagem figurada. Depois desta mensagem, ele não se manifestou mais. Realmente, deve ter partido para outros locais, levando sua mensagem de amor e paz. Mas, talvez para mostrar que não nos esquecera, voltou uma última vez, oito anos depois, em 16 de setembro de 2003. Disse ele, neste retorno que se manifestava tão somente para agradecer. Agradecer por nossa presença, por nossa imagem forte, por nosso amor. Pelo que éramos pelo que fôramos por tudo que aprendêramos (…) Pela paixão, pela compaixão (…). E acrescentou: Eu estou com vocês, nós estamos com vocês. Vocês não estão sós. Ao contrário. Nós estamos fortes e unidos, nós estamos OK.
Entre estas duas últimas mensagens de John Lennon, um médium, que nunca recebera mensagens dele, recebeu, em 1º de maio de 1997, um belo texto mediúnico em espanhol. Como já acontecera em outra oportunidade, o espírito manifestante pediu-nos que divulgassem as verdades do mundo espiritual em todo o mundo (Habemos ya dito que necessario se hace llevar la verdad de nuestro Padre a todos los hombres, a los pueblos, a todas las naciones. Hoy, la tecnología que los hombres desarrollaran los hace capaces de hacer este trabajo. Los hace capaces de llevar la verdad y la luz a muchos, de uno a otro lado del mundo. Así, caros amigos, lo pedimos como mucha fuerza: lleven la verdad de nuestro Padre a otros pueblos, a los hombres de buena voluntad, a las mujeres y mismo a los niños, que estos también saben y son capaces de la entender y aceptar. Usen la tecnología y los recursos de la Informatica para decir a muchos las palabras que acá oien e que acá vosotros escriben com la dedicación de los buenos, de los puros.)

E, generoso como todos os bons espíritos que aqui se manifestam para nos ensinar e orientar, elogiou nosso trabalho, que chamou de “monumento espiritual” (Te amo a usted y a todos los que contigo hacen este monumento espiritual que es el trabajo mediúnico de Amor y Luz).
Três meses depois, o mesmo médium recebeu outra mensagem em idioma estrangeiro, mas agora em francês. Como várias outras recebidas na história da nossa casa, o espírito manifestante pediu-nos que fôssemos instrumento de amor, de compreensão e de fraternidade (Nous desirons que ce groupe de frères être le chémin que portera notres paroles d’amour, de compréhension. de fraternité a toute l’huma-nité). E como já o fizera o espírito que se manifestara em espanhol, falou sobre a divulgação das mensagens aqui recebidas entre irmãos de outros países, dizendo que nos ajudariam a fazer isso (nous vous aiderons a dire a les frères d’outres payses le messages d’union, de compréhension et de fraternité necessaires a l’évolution de l’humanité.).
As mensagens citadas até aqui se destinavam a toda a equipe de trabalhadores da casa, sendo uma orientação coletiva a nós todos. Em 15 de julho de 2006, porém, uma mulher que, pelo nome, parecia ser brasileira, pediu notícias de seu marido que, também pelo nome, parecia ser natural de um país de língua inglesa. O médium que pegou o pedido preparou-se para escrever a mensagem, que seria a primeira daquela noite, mas um membro da equipe espiritual pediu-lhe que aguardassem uns minutos. Ele aguardou, porém o tempo foi passando e a mensagem com as notícias do desencarnado não vinha. Como ele estava sentindo um pouco de dor de cabeça, julgou que talvez isso estivesse prejudicando a sintonia. Continuou, porém, aguardando e após mais uns minutos, disseram-lhe para começar a escrever. Em inglês. Em inglês ?, indagou ele surpreso. Sim, responderam. Por que a surpresa ? Você já não fez isso outras vezes ? Ele, de fato, o fizera, mas não como noticias de um desencarnado. A psicografia, porém, começou e transcorreu sem problemas. Ao entregar a mensagem à pessoa que a solicitara, o médium ficou sabendo que o desencarnado era inglês, e o pedido fora feito pela esposa, brasileira residente na Inglaterra. Ah, sim. No final da psicografia, a cefaléia do médium desaparecera.

Mais recentemente, outras três mensagens com notícias de desencarnados foram recebidas em idioma estrangeiro, duas em italiano e uma em francês. As duas em italiano foram enviadas por desencarnados que viveram no Brasil, um deles nascido na Itália e o outro, descendente de italianos. A mensagem em francês foi enviada por um desencarnado nascido na França, a um filho que estava no Brasil a passeio. Este era também francês, mas a médium não sabia disso.

Nenhum dos médiuns que receberam as mensagens aqui citadas tinha pleno domínio das línguas em que as psicografaram, embora elas não lhes fossem totalmente desconhecidas (isso explica possíveis erros gramaticais nos textos). Para escrever em um idioma totalmente estranho, seria necessário o trabalho de um médium inconsciente, o que não é o caso dos psicógrafos da nossa Sociedade. Mas, não deixa de ser admirável que o plano espiritual tenha se valido desse recurso, seja para reforçar nossa crença na autenticidade da mensagem enviada, seja para ressaltar que alguns dos textos aqui recebidos podem e devem ser enviados mundo afora.