Entre as pessoas já desencarnadas que os espíritas mais admiram está o médico, militar, jornalista, escritor e político cearense Bezerra de Menezes. Ele é merecedor de nossa admiração e respeito pelo importante trabalho assistencial que desenvolveu, pela prática da caridade em favor dos desassistidos e pela divulgação da Doutrina Espírita, que apenas começava a ser conhecida no Brasil, em sua época.
Pois Bezerra de Menezes está ligado à história de nossa casa através de dois curiosos acontecimentos.
Em agosto de 1995, aquele grupo de pessoas que se reunia semanalmente desde o fim de 1993 havia aumentado e a idéia de ter uma sede própria foi amadurecendo, até que se decidiu alugar uma pequena sala comercial.
Começou-se a busca, cada qual fazendo isso dentro de sua disponibilidade de tempo. Um dia, Pércio de Moraes Branco encontrou uma sala no bairro Petrópolis que lhe pareceu perfeita: tinha o tamanho adequado, num edifício bem cuidado, ficava numa rua tranquila e onde era fácil de estacionar. Era tão boa que ele foi correndo à imobiliária reservá-la, convencido de que achara o local ideal e certo de que os guias espirituais o ajudariam a concretizar o negócio. Mas, para sua decepção, soube, na imobiliária, que já havia um interessado e que a sala só seria do grupo se esse interessado desistisse.
Voltou para casa frustrado, mas disposto a continuar procurando. Não foi preciso caminhar muito, porém… Dias depois, Ana Regina de Moraes Soster, que também estava à procura de um local para nossa sede, avisou que encontrara uma sala muito boa, por bom preço e em boa localização. De fato, o imóvel era tudo isso e tornou-se nossa primeira sede, a partir do início de setembro de 1995. Ele ficava – vejam só – na Rua Bezerra de Menezes, no Edifício Bezerra de Menezes.
A segunda história curiosa aconteceu quando Lady, a cadela de Josefina Santa Maria, tia de nosso médium Jorge Santa Maria, fugiu de casa, em Porto Alegre. Vendo a porta da garagem aberta, ela saiu correndo e logo sumiu, não mais sendo vista. Sua dona gostava tanto do animal que mergulhou em profunda tristeza por longo tempo. E, imersa nessa tristeza, pediu a Bezerra de Menezes que a ajudasse e encontrar o animal que tanto estimava.
Cinco meses depois, Jorge encerrara seu trabalho de médium espírita e dirigia-se para seu carro quando uma mulher que trabalhava como flanelinha aproximou-se e lhe disse que um cão estava andando em volta de seu carro desde que ele estacionara. Jorge perguntou onde estava o cão e quando o viu, pareceu-lhe ser a Lady, embora estivesse muito suja e mal cuidada. Chamou-a pelo nome e ela veio correndo, entrando imediatamente no veículo.
Eles estavam a 5 km de distância, em linha reta, de onde ela desaparecera cinco meses antes e – não por acaso – exatamente em frente à Sociedade Espírita Bezerra de Menezes.