Nos primeiros tempos da nossa Sociedade, quando éramos ainda um grupo espírita sem existência formal, começou o processo de formação de nossos primeiros médiuns psicógrafos. Nesse período, foram psicografadas centenas de mensagens que traziam orientação espiritual para aqueles que seriam os futuros trabalhadores desta casa.
De vez em quando, esses médiuns eram surpreendidos com o recebimento de mensagens na forma de poesia. Quando menos esperavam, o texto começava a surgir numa sequência de versos. Entre 1995 e 1997, foram recebidas pelo menos 24 mensagens desse tipo, por pelo menos oito médiuns diferentes.
O futuro mostraria que aquele era mais um dos recursos que o mundo espiritual usava para mostrar que se tratava de um processo efetivamente mediúnico, já que ninguém sentava à mesa esperando receber um poema. Confirmando isso, entre 2000 e 2003, com a equipe de médiuns já consolidada, essas poesias tornaram-se bem menos numerosas, apenas onze num período de quatro anos.
Em geral, eram poemas de belo conteúdo moral, mas sem qualidade literária que justificasse sua inclusão numa antologia poética. E apenas dois deles vieram assinados por poetas famosos, um de Carlos Drummond de Andrade e outro de Cecília Meirelles.
Havia poesias curtinhas, de apenas oito versos, por exemplo, mas outras bem maiores, como uma mensagem natalina de 74 versos em dezenove estrofes, recebida em 1995.